Mesmo sem apoio da comunidade internacional os Estados Unidos continuam ilegalmente em Guantánamo e bloqueando, palavra que só serve para encobrir a realidade, em guerra contra Cuba, aplicando todo tipo de sanção e retaliação contra os que ousam desrespeitar leis aprovadas pelo Congresso Norte Americana que como no Império Romano e outros tem efeito ainda que sem respaldo no direito internacional “erga omnes”.
A recente derrota fragorosa dos Estados Unidos no Afeganistão demonstra como, aliás, reconhece o presidente Biden, na série documental "Ponto de Virada: 11/9 e a Guerra contra o Terror", só ao povo afegão cabe decidir seu destino, sua forma de governo e de vida em sociedade.
Depois de 20 anos de guerra a um custo de 1,6 trilhões de dólares, se incluirmos o Iraque podemos chegar a cifra absurda de 6,5 trilhões de dólares e de vidas de 2,3 mil norte-americanos, 20 mil feridos, e 60 mil soldados e 120 mil civis afegãos.
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Comandante Fidel Castro na batalha de Playa Girón em 1961 |
Independente dos governos que tinham e de seu caráter o fato inconteste é que seus povos viviam melhor e em paz antes das intervenções norte-americanas e que está mais do que comprovado que é hora da comunidade internacional fazer valer o direito internacional e cessar toda e qualquer ação de governo seja militar ou não que contrarie os princípios estabelecidos na Carta das Nações Unidas.
Na Constituição Federal brasileira de 1988 esses princípios foram adotados: independência nacional, prevalência dos direitos humanos, autodeterminação dos povos, não-intervenção, igualdade entre os Estados, defesa da paz e solução pacifica dos conflitos, repudio ao terrorismo e ao racismo, cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e concessão de asilo político.
Só deve prevalecer o direito internacional e a vontade
soberana de todos povos e Estados, no caso especifico de Cuba as
resoluções das Nações Unidas, de sua assembleia geral, são claras e
objetivas a ocupação ilegal de Guantánamo e o bloqueio criminoso são e
foram reiteradamente condenados pela comunidade internacional, pela 29ª
vez por 184 votos contra e dois a favor do embargo, nome bonito para o bloqueio,
foi condenado, com a vergonhosa abstenção do Brasil ou melhor do
Governo Bolsonaro já que tradicionalmente votávamos contra o embargo.
Sobre Guantánamo, a ONU não só condena a permanência em território
cubano de uma base norte americana como exige o fechamento da infame
prisão que os EUA mantém na Ilha onde a tortura foi prática comum, hoje
mais do que comprovada por documentos do próprio governo dos Estados
Unidos.
Não resta dúvida que a guerra comercial
e econômica que é movida contra o povo de Cuba é a principal causa da
maioria de seus problemas, basta visitar a realidade internacional, após
décadas de guerra e ou sanções econômicas e bloqueios os Estados Unidos
chegaram a acordos primeiro com a China ainda no governo Nixon e depois
com o Vietnã e basta ver a evolução desses países desde então para
compreender a gravidade das sanções econômicas, hoje aplicadas contra o
Irã e a Venezuela, com consequências trágicas para seus povos.
Todo
apoio a Cuba, seu povo e governo e nossa gratidão sempre pela
solidariedade e apoio em nossa luta contra a ditadura militar nas
décadas de 60 e 70.